Conheça as estratégias para manejo de pastagem
Entenda o manejo de pastagem nos sistemas contínuo e rotacionado e conheça suas características.
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Mais de 90% da produção de carne bovina brasileira é baseada em regime de pastagem. Sendo assim, tudo começa nesse pasto — que precisa ser bem planejado, adubado e cuidado.
O manejo de pastagem é um conjunto de ações que têm o objetivo de render a maior quantidade de carne, leite, e outros subprodutos da produção animal, sem que a qualidade do solo e o desenvolvimento das plantas forrageiras sejam afetados negativamente.
Neste artigo você vai conhecer os dois principais tipos de sistema de pastagem e as principais características do manejo em cada um deles, bem como as particularidades desse processo em épocas de seca e de águas. Boa leitura!
Tipos de sistema de pastagem
Embora o objetivo final de um manejo de pastagem seja aumentar o êxito da produção bovina, sua função direta é produzir o alimento em quantidade e qualidade para o gado. O foco não deve estar apenas no ganho final com o animal, porque o solo e a forragem precisam desse cuidado.
A seguir, vamos apresentar três diferentes sistemas de pastagens e as características do manejo em cada um deles:
Pastejo contínuo
Como o próprio nome sugere, no sistema de pastejo contínuo os animais permanecem alocados numa mesma área durante todo o ano ou ciclo de uma forrageira. Para que isso funcione, no entanto, a capacidade de suporte da pastagem precisa ser respeitada.
Enquanto o ponto positivo desse sistema é a menor demanda de mão-de-obra (devido à baixa necessidade de deslocamento), um ponto de atenção é a maior complexidade em manejar o balanço entre a produção de pasto e o consumo animal.
O diferimento, que consiste em vedar a área de pasto em um determinado período, é uma ferramenta importante no manejo do sistema de pastejo contínuo, pois, em fases de maior crescimento de pasto, a pastagem suporta mais animais por área, podendo-se separar um piquete para acumular forragem, aumentando sensivelmente a lotação em outros piquetes, ao mesmo tempo que acumula estoque de pasto para as épocas de menor crescimento de forragem.
Pastejo rotacionado
O pastejo rotacionado, por sua vez, divide a área de pastagem em lotes menores que são revezados. Dessa forma, concentra muitos animais em uma pequena fração por pouco tempo, havendo a passagem para os próximos piquete assim que o pasto do próximo estiver pronto para receber animais.
A grande vantagem desse sistema é que ele é mais simples de manejar, pois permite um controle mais claro da altura da pastagem por meio da troca de animais dos piquetes.
Os fatores a serem observados para definir se é o momento de uma área ser ocupada ou descansar são:
- altura da pastagem;
- a espécie forrageira utilizada;
- o tamanho do lote;
- a categoria do animal;
- as condições do solo;
- o índice de umidade do solo;
- a adubação.
Conhecendo esses sistemas, é importante avaliar a situação de cada fazenda para determinar o mais adequado e buscar, sempre, respeitar os limites do solo, das plantas e dos animais para obter o maior equilíbrio entre produção vegetal e animal, mantendo o potencial produtivo do sistema.
Particularidades do manejo de pastagem em cada estação
No ambiente tropical brasileiro (exceto o sul) as estações são divididas em duas: a época das águas e a época da seca, e cada uma delas exige cuidados específicos no manejo. Entenda:
Manejo de pastagem na seca
Para que o pasto seja possível na época da seca, é importante vedá-lo na época das águas para preservá-lo para a época seca . Essa vedação, no entanto, precisa ser realizada de forma criteriosa para que a qualidade da planta não seja afetada negativamente.
Um pasto que foi adequadamente vedado, durante o tempo correto e na altura certa, permite uma pastagem com as características ideais mesmo no momento da seca.
A essa estratégia, deve ser aliado o processo de suplementação dos animais para melhorar o aproveitamento da forragem ingerida.
Manejo de pastagem nas águas
Na época das águas, por sua vez, o cuidado com o manejo deve ser voltado para evitar o crescimento demasiado das forragens, o que gera desperdício e dificulta a bocada do animal.
Além disso, é importante retirar os animais do pasto quando a altura da planta estiver muito baixa, tanto para evitar o desgaste da plantação quanto para que o animal não consuma gramíneas de menor qualidade e tenha isso refletido em sua produção.
Se você trabalha com cultivo e manejo de pasto e se interessa por esse assunto, não deixe de conferir também o nosso artigo com dicas para uma adubação eficiente de pastagem.
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