Nutrição de plantas e produtividade: entenda a relação

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No século XIX, o cientista Justus van Liebig fez importantes descobertas sobre o processo de desenvolvimento das plantas. Em sua famosa “Teoria Mineral”, ele estabelece a relação entre nutrição de plantas e produtividade, afirmando que a deficiência em apenas um nutriente já é suficiente para limitar o rendimento da lavoura.

De lá para cá, a tecnologia proporcionou diversas maneiras de mensurar a necessidade nutricional de cada planta e as características dos solos. Isso permitiu o desenvolvimento de fertilizantes cada vez mais eficientes.

Neste artigo, você vai entender melhor a importância da nutrição para aumentar a produtividade nas plantações e de que forma é desenvolvido um programa nutricional. Confira!

A importância da nutrição para a produtividade da lavoura

Existem vários tipos de fertilizantes, mas só é possível alcançar os melhores resultados quando a lavoura recebe uma combinação nutricional completa. Os nutrientes mais importantes para o desenvolvimento das plantas são:

1. Nitrogênio (N)

A demanda por nitrogênio é muito alta quando as plantas estão em crescimento ativo, por isso, esse elemento é um dos melhores exemplos da relação entre nutrição de plantas e produtividade. Contudo, o excesso dessa substância nos estágios finais de desenvolvimento é prejudicial e pode aumentar o risco de doenças, além de afetar a qualidade das sementes.

2. Fósforo (P)

O fósforo promove o crescimento rápido e adianta a maturidade das plantas, estimulando a produção de flores, sementes e frutos. A substância é especialmente importante para o fortalecimento das raízes, o que acaba favorecendo também a absorção de outros nutrientes e da umidade do solo.

3. Potássio (K)

O Potássio estimula o crescimento do caule e aumenta a proteção das plantas contra doenças e pragas. Além disso, ele torna as lavouras mais resistentes a condições climáticas extremas, como geadas e secas. A boa nutrição com esse elemento resulta em frutos mais firmes, facilitando a manipulação e o armazenamento.

4. Cálcio (Ca)

O cálcio aumenta a resistência das paredes das células, impedindo que elas percam outros minerais. A nutrição inadequada desse elemento resulta em frutos, hortaliças e verduras com qualidade ruim para manipulação e armazenamento.

5. Magnésio (Mg)

O magnésio é um dos componentes da clorofila e contribui na formação de sementes com alto teor de óleos. Níveis adequados desse elemento ajudam a prevenir o envelhecimento precoce das folhas.

6. Enxofre (S)

O enxofre é um nutriente importante para as plantas, pois participa da formação de proteínas, aminoácidos, vitaminas e enzimas. Níveis baixos desse elemento reduzem a produção de sementes e, nas árvores frutíferas, tendem a aumentar a queda de frutos.

7. Boro (B)

O boro é importante para manter a integridade estrutural das membranas da planta. Baixos níveis desse elemento resultam em frutos e hortaliças com centros ocos, talos rachados e cascas ásperas.

8. Cobre (Cu)

O cobre é um catalisador na fotossíntese e na respiração das plantas, além de constituir várias enzimas envolvidas na produção de carboidratos e proteínas. Níveis baixos podem afetar a eficiência do nitrogênio.

9. Ferro (Fe)

O ferro é um elemento essencial para a formação da clorofila e tem impacto direto sobre o crescimento e a produtividade da planta. Nos cultivos de hortaliças, a deficiência desse nutriente resulta em folhas com coloração verde-pálida.

10. Manganês (Mn)

O manganês ajuda a melhorar o uso do nitrogênio pela planta. Níveis muito baixos desse elemento resultam em sementes com deformações e teor de óleo reduzido. Por outro lado, níveis altos demais se tornam tóxicos,  prejudicando a ação de outros nutrientes, como o cálcio, o magnésio e o ferro.

11. Molibdênio (Mo)

Embora uma baixa quantidade de molibdênio não tenha impacto direto na qualidade da produção, ele é essencial para que as plantas possam utilizar o nitrogênio.

12. Zinco (Zn)

O zinco exerce diversas funções no metabolismo das plantas e é fundamental para os principais processos de crescimento. A deficiência desse nutriente reduz a resistência a doenças e pragas, além de afetar a formação e o tamanho dos frutos.

Como desenvolver um programa nutricional

Otimizar a nutrição de plantas é o caminho para aumentar a produtividade da lavoura, minimizar desperdícios e reduzir custos. O desenvolvimento de um programa nutricional adequado deve considerar inúmeros fatores, incluindo:

• a cultura a ser produzida e a variedade selecionada;
• o potencial de produtividade da cultura;
• a extração de nutrientes desejada;
• os padrões de absorção de nutrientes para cada cultura;
• problemas esperados em função do balanço nutricional da planta;
• a cultura da safra anterior;
• características do solo;
• análises de tecidos de colheitas anteriores;
• sistema de irrigação e média de chuvas na região.

Os agrônomos da Yara no mundo todo avaliam esses aspectos com base no uso de tecnologias avançadas e desenvolvem fertilizantes específicos para as diferentes fases de cada cultura. Dessa forma, também é possível elaborar programas nutricionais para atender às necessidades da plantação em todos os momentos.

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