Os solos predominantes do Brasil e seus manejos na agricultura brasileira
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O Brasil é muito conhecido por sua biodiversidade e os solos são um reservatório-chave da biodiversidade global, que tem um papel fundamental em apoiar as funções do solo, o que é de grande importância aos produtores rurais e ao meio ambiente. Assim, conhecer os solos brasileiros e suas características permite identificar manejos mais adequados para o seu uso. Hoje, o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) constata que existem 13 classes de solos no país, decorrentes das muitas e distintas características químicas, físicas e morfológicas que possuem. Em conjunto, três classes predominam em 70% do território nacional: Latossolos, Neossolos e Argissolos.
Mas como será que eles impactam a agricultura? Neste Dia Mundial do Solo, preparamos um conteúdo sobre as características e manejos adequados de cada classe para você conhecer melhor:
Latossolos
Conhecidos pelas cores avermelhadas ou amareladas, os latossolos ocorrem normalmente em relevo plano e suave ondulado e apresentam textura média a muito argilosa. Eles estão espalhados por todo território brasileiro, apesar de terem destaque principalmente no Cerrado. São normalmente muito profundos, porosos, permeáveis e de fácil preparo. A baixa fertilidade natural dos latossolos é geralmente um dos fatores limitantes, devido à elevada acidez, baixa saturação com elementos como Ca, Mg e K e aos baixos teores de fósforo. Mas isso pode ser revertido com algumas atenções:
- Aplicar corretivos e fertilizantes de qualidade e de forma adequada após uma análise de solo e seguindo a recomendação adequada para cada tipo de cultura;
- Intensificação dos sistemas de cultivos, utilizando culturas em rotação, consórcio e/ou integração lavoura-pecuária;
- Adotar o plantio direto ou cultivo mínimo;
- Manter o solo coberto o ano todo, de preferência.
Culturas como a soja, a cana-de-açúcar, o milho e o algodão têm bons resultados nos latossolos, quando manejadas de forma correta.
Argissolos
Esta classe de solo está espalhada por todo o país (em condições de clima e material de origem diferentes) e majoritariamente é encontrada em relevos mais acidentados. Apresentam grande diversidade quanto aos teores de nutrientes, textura e profundidade, mas em geral são solos ácidos. Podem apresentar riscos elevados de erosão em função do acúmulo de argila em profundidade, principalmente em relevos de maior declividade. Veja algumas dicas para cultivar alimentos nos argissolos:
- Aplicar corretivos e fertilizantes de qualidade e de forma adequada após uma análise de solo e seguindo a recomendação adequada para cada tipo de cultura;
- Realizar práticas conservacionistas para o controle da erosão
Milho, feijão, mandioca e citros são alguns exemplos de culturas que podem ser plantados nos argissolos.
Neossolos
São solos arenosos, pouco desenvolvidos, com ausência de minerais primários resistentes aos fatores de formação, como clima, relevo e tempo. Devido aos baixos teores de argila e de matéria orgânica, esses solos são altamente suscetíveis à erosão. Variam desde solos com alta a baixa saturação por bases (como Ca, Mg e K), e de solos profundos a rasos.
Em áreas planas, os neossolos de maior profundidade têm tendência à maior fertilidade natural, já os de maior acidez requerem manejos especiais para produzirem. Por isso, é preciso:
- Aplicar corretivos e fertilizantes de qualidade e de forma adequada após uma análise de solo e seguindo a recomendação adequada para cada tipo de cultura;
- Dependendo do local, irrigar com frequência.
- Utilizar práticas de manejo do solo que mantenham ou aumentem os teores de matéria orgânica.
Os neossolos estão em 15% do território brasileiro e cultivos como pastagem e milho podem ser produzidos neles.
O manejo e correção adequados do solo e a nutrição das plantas são essenciais para que a baixa fertilidade do solo não seja um obstáculo para os agricultores. Por isso, técnicas como a análise de solos são aliadas para uma produção de sucesso.
Fonte: Embrapa
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