Conheça as principais diferenças entre a uva de mesa e a uva para indústria
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Mercado da uva
A uva está muito presente na alimentação dos brasileiros, tanto na apresentação in natura quanto em diversos produtos processados, como doces, sucos e, claro, o vinho. Diferentemente de outras culturas frutíferas, a maior parte da produção brasileira de uva permanece no país para consumo interno, menos de 10% é exportada, sendo o Vale do São Francisco a principal região exportadora. Além de uma ampla variedade de tipos, essa fruta possui duas classificações gerais referentes ao destino final: a uva de mesa é cultivada para o consumo das bagas e a uva indústria é utilizada para processamento.
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Nutrição da cultura
Fernanda Geraldini Palmieri, pesquisadora de frutas da equipe de Hortifruti do CEPEA, centro de estudos avançados vinculado à Universidade de São Paulo (USP) com ênfase em pesquisas sobre o meio rural, indica as diferentes características necessárias à fruta de acordo com o destino final. “A uva de mesa deve ser cultivada pensando nos atributos mais valorizados pelo consumidor: sabor, em primeiro lugar, mas sem deixar de lado a aparência. Já no caso da uva industrial, deve-se priorizar o sabor e o rendimento, que serão responsáveis pelas características do produto final e pela eficiência do processo”, destaca.
As diferenças no cultivo não param por aí, também estão presentes nas regiões de produção. No geral, as uvas de mesa são cultivadas no Nordeste, apesar de haver áreas significativas também no Sudeste e no Paraná, enquanto a uva industrial é produzida majoritariamente no Rio Grande do Sul.
Qualidade
O sabor é o atributo central tanto para a uva de mesa como para a uva indústria, por isso, os produtores precisam estar atentos à concentração de açúcares (grau brix) que mede a qualidade da fruta. Para isso, o cuidado com o solo e a nutrição das videiras são fatores fundamentais. Segundo Eduardo Saldanha, agrônomo Sênior na Yara Brasil, ambas produções de uva devem observar alguns nutrientes especialmente necessários para o desenvolvimento saudável dessa cultura, como potássio, enxofre, cálcio e boro. No entanto, há diferenças entre os cultivos para os diferentes destinos finais. “As demandas e os manejos nutricionais são diferentes sobretudo em termos quantitativos (aportes nutricionais) e qualitativos (manejo). O manejo da nutrição em uvas de mesa, por exemplo, busca melhorar e incrementar atributos sensoriais dos frutos que interessam ao público consumidor, como qualidade, sabor, crocância e aparência”, explica.
Investimentos na produção
Para Fernanda Geraldini Palmieri, o produtor de uva também precisa levar em consideração outros desafios. “A uva é uma cultura que demanda altos investimentos e tem custo de produção elevado. Além disso, é muito sensível a variações climáticas (chuva, frio, etc) e de renda do consumidor, o que aumenta o risco”, alerta.
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