Plantio de trigo: como ter mais rentabilidade?

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Presente principalmente nos pães e nas massas, o trigo é um grande protagonista do ramo alimentício por participar da rotina de grande parte das pessoas ao redor de todo o mundo.

O plantio de trigo, portanto, tem enorme importância econômica. De acordo com pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em agosto de 2022, apenas 50% da demanda do cereal no Brasil é suprida pelas culturas nacionais.

O desafio é que nos tornemos autossuficientes em um prazo de dez anos. Os produtores que querem participar dessas estatísticas e obter um bom retorno financeiro, devem aumentar ao máximo a rentabilidade de suas culturas. Leia este artigo para conferir dicas!

Atente-se à época de semeadura

A melhor época de plantio do trigo depende da região de cultivo. Por se tratar de um país continental, o Brasil possui diferentes climas ao longo de sua extensão, o que faz com que o grão possa ser cultivado em momentos variados.

De maneira geral, a cultura do trigo é hibernal (de inverno) e se adapta melhor com climas mais frios. É preciso tomar cuidado, no entanto, com problemas comuns nos períodos de baixíssimas temperaturas da região Sul, como as geadas. 

O ideal é que o clima oscile em torno dos 15 aos 20°C, e nunca passe dos 25°C, já que o calor excessivo é extremamente prejudicial ao cultivo do grão. 

A época de semeadura, é claro, reflete também no momento da colheita. Por isso, é importante saber que, comumente, os grãos estão preparados para serem colhidos ao redor de 120 dias após o plantio — quando a planta está com uma coloração mais amarelada e tem os grãos duros.

Faça a análise e a preparação do solo

Todo o êxito de uma cultura começa no solo, já que ele é o responsável por oferecer água e todos os nutrientes necessários para que as plantas se desenvolvam. Por isso, o primeiro passo é analisar o solo para entender suas principais necessidades e, então, prepará-lo para receber a semeadura.

Se a terra estiver muito ácida, por exemplo, a adição de calcário no solo por meio do processo de calagem pode ser necessária. Além disso, todas as plantas daninhas que, por ventura, estiverem na região, devem ser manejadas, já que o trigo é um vegetal bastante sensível à mato-competição. 

Escolha o cultivar adequado

Os tipos de trigo podem ser categorizados de quatro maneiras diferentes: 

• quanto à época adequada de semeadura;
• quanto à rigidez do grão;
• quanto ao tipo de farinha;
• quanto à espécie.

Isso porque, embora existam três principais espécies de trigo para plantio e comercialização, uma mesma pode sofrer alterações, desenvolvidas por meio de pesquisas agrônomas e biológicas e passar a apresentar diferentes características. A essas novas variedades, dá-se o nome de cultivar.

Cada cultivar de trigo, portanto, é mais adequada ao clima de cada região do Brasil, e isso precisa ser levado em consideração por quem quer garantir o máximo rendimento em suas culturas.

Em relação às espécies, são elas:

• Triticum aestivum: mais comum, que representa 80% da produção mundial;
• Triticum turgidum L: tem mais teor de glúten e dá origem à semolina;

• Triticum monococcum L: produz um glúten menos alérgeno e vem sendo cultivado em algumas regiões específicas.

Realize a semeadura de maneira adequada

O momento da semeadura do trigo também exige alguns cuidados especiais. A profundidade de semeadura deve ser entre 2 e 5 cm.  O processo de semeadura deve ser realizado em velocidade baixa para garantir maior uniformidade e compactação das sementes ao longo do sulco, bem como para evitar grande mobilização do solo pela alta velocidade de giro dos discos sulcadores da semeadora-adubadora.

Maneje bem a adubação

Quem quer aumentar a rentabilidade de suas produções, seja no plantio de trigo ou em qualquer outro tipo de cultura, é essencial manejar adequadamente a adubação do solo. Os nutrientes, afinal, são componentes importantíssimos para o desenvolvimento das plantas e para garantir um bom resultado ao produto final.

Os fertilizantes complexos, com todos os nutrientes em cada grânulo, são uma ótima opção para garantir uniformidade na lavoura e o bom desenvolvimento da cultura.

O nitrogênio é o elemento fundamental da composição da clorofila, por meio da qual os vegetais realizam o processo de fotossíntese, sendo o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura. 

O fósforo é responsável pela energia dentro da planta e é muito importante para o desenvolvimento radicular, entre outras funções. O potássio, pela regulação da água nos vegetais, além de fortalecer a planta, aumenta sua imunidade contra o ataque de pragas e outros agentes nocivos — o que é ainda mais importante no caso de uma espécie como o trigo, que é frágil. 

O enxofre é fundamental para a síntese de proteína e pela qualidade do grão, junto com o nitrogênio. O cálcio é muito importante para o enraizamento. O zinco, por sua vez, acelera o desenvolvimento e o crescimento de raízes e parte aérea da planta. O boro é muito importante para o enraizamento, para o transporte de açúcares na planta e para a eficácia do florescimento.

Para entender mais sobre esse tipo de adubação, leia também o nosso artigo específico sobre fertilizantes NPK e aproveite para conhecer as linhas YaraMila e YaraBasa.